O ingresso no mercado de trabalho é um dos maiores desafios para o jovem brasileiro. A falta de conhecimento, a escassez de vagas e a tão famigerada exigência por experiência dificulta muito a conquista do primeiro emprego e atrapalha demais o ingresso do jovem no mercado.
Para se ter uma ideia, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), o desemprego entre as novas gerações do país, geralmente, é até duas vezes maior em relação à população em geral.
Então, como é possível para alguém que acabou de terminar os estudos(ou ainda está estudando) evitar esse cenário e ingressar no mercado de trabalho mesmo sem tanto conhecimento e experiência? Para a maioria, a resposta pode estar nos programas de estágio e de menor aprendiz!
Ambos os programas têm como objetivo justamente promover a entrada dos jovens no mercado, com a vantagem de permitirem que eles continuem os estudos enquanto trabalham e adquirem a experiência e o conhecimento necessário para enfrentar o mercado formal.
Claro, essa pode não ser a melhor opção para todos. Para alguns, o melhor mesmo pode ser partir direto para um emprego formal, principalmente para aqueles que já terminaram os estudos.
Mas então, qual escolher? No artigo abaixo explicamos em detalhes as opções, as vantagens e benefícios de cada uma e o que levar em consideração para uma escolha assertiva. Confira!
Jovem Aprendiz
Por terem uma abordagem parecida, estágio e jovem aprendiz são geralmente confundidos, mas são programas bem diferentes.
O Jovem Aprendiz é um projeto criado pelo Governo Federal com o intuito de promover o ingresso do jovem no mercado de trabalho e a sua capacitação profissional. É voltado para jovens com idade entre 14 e 24 anos incompletos, cursando o ensino fundamental e médio ou que já tenham concluído os estudos.
Ele é obrigatório para as empresas e representa uma grande oportunidade para quem está buscando o primeiro emprego. Principalmente para quem não quer abandonar os estudos, mas precisa trabalhar.
Direitos
Uma das principais vantagens do jovem aprendiz em relação ao estágio é o fato de o programa também ser regido pela Consolidação das Leis do Trabalho(CLT), proporcionando ao jovem os mesmos direitos de um profissional do mercado formal.
Ou seja, quem trabalha como jovem aprendiz também tem a sua carteira assinada, com direito a férias, 13° salário, seguro social e todos os outros benefícios garantidos pelas leis do trabalho. Além de um programa de capacitação técnica oferecido pela empresa contratante!
Remuneração
Como o jovem aprendiz é também regido pela CLT, o jovem contratado nesta modalidade tem direito a uma remuneração com base no salário mínimo vigente. O salário total vai depender da quantidade de horas trabalhadas, podendo variar entre 6 e 8 horas dependendo do caso.
Assim, a remuneração do jovem aprendiz geralmente é de um salário mínimo. Mas pode ser maior se a empresa optar.
Benefícios
Todos os benefícios que a empresa oferece aos seus colaboradores devem ser também aplicados ao jovem aprendiz.
Assim, a depender da organização, além de um salário o jovem ainda pode ter acesso a seguro saúde, plano odontológico, vale transporte e alimentação/refeição, vale cultura e muitas outras vantagens.
No mais, o maior benefício em se trabalhar como jovem aprendiz é o preparo e a capacitação profissional proporcionadas.
Ao terminar o programa, o jovem sai preparado e com muito conhecimento e experiência na bagagem para enfrentar o mercado de trabalho e conquistar os seus sonhos.
Estágio
Enquanto o jovem aprendiz é voltado à capacitação profissional e ao ingresso do jovem no mercado de trabalho, os programas de estágio têm como objetivo auxiliar na aprendizagem do estudante, o colocando em contato direto com a profissão que ele pretende exercer.
Para alguns cursos técnicos, profissionalizantes e de graduação, o estágio até mesmo faz parte da grade curricular e é obrigatório para se formar.
Mas então, quem pode estagiar? Embora a maioria das vagas de estágio sejam voltadas para estudantes de ensino superior, jovens cursando o ensino médio, técnico ou EJA também podem estagiar, desde que tenham mais de 16 anos.
Direitos
Como o objetivo do estágio é mais enriquecer a aprendizagem do estudante e prepará-lo para exercer a profissão, ele não configura vínculo empregatício de qualquer natureza. Ou seja, o estagiário não tem acesso à maioria dos direitos trabalhistas garantidos pela CLT.
No entanto, contratados nesse modelo também tem alguns direitos, como recesso remunerado, bolsa-auxílio, auxílio transporte e seguro contra acidentes pessoais. Além disso, a carga horária também é menor, variando entre 4 e 6 horas por dia; ou menos em dias de prova.
Remuneração
Para os estudantes obrigados a estagiar para completar a grade curricular, a remuneração por parte das empresas não é obrigatória. Contudo, nos casos de estágio não obrigatório, o estudante tem direito a bolsa auxílio e vale transporte.
Os valores podem variar de empresa para empresa e de função para função. A média no Brasil é de cerca de R$1.095 por mês para quem está na faculdade e de R$750 para quem faz curso técnico.
No entanto, a bolsa pode atingir valores bem mais altos, dependendo da empresa, ramo de atuação e região do país.
Benefícios
Quanto aos benefícios, a empresa contratante não está obrigada a oferecê-los ao estagiário, como acontece no jovem aprendiz. Assim, fica a cargo da organização decidir quais vantagens oferecer e como.
Porém, o real benefício de um programa de estágio está mesmo no conhecimento e a experiência proporcionadas. Afinal, começar uma profissão é um processo complexo e o estágio facilita muito as coisas.
Emprego formal x jovem aprendiz x estágio
Por fim, se você já terminou os seus estudos, também existe a possibilidade de ir buscar diretamente um emprego formal.
A dificuldade para conquistar uma vaga certamente será um pouco maior, mas as vantagens também são muitas. O profissional já é contratado com todos os seus direitos garantidos e com um salário justo para as funções que exerce, por exemplo.
Além disso, em um emprego formal também é possível adquirir muita experiência e conhecimento, e desenvolver a sua carreira, sem limite de tempo para contratação, que é de 2 anos tanto no jovem aprendiz quanto nos programas de estágio.
Então, qual escolher para começar no mercado de trabalho: estágio, jovem aprendiz ou emprego formal?
A escolha entre estágio, jovem aprendiz ou um emprego formal para começar no mercado de trabalho vai depender exclusivamente dos seus objetivos, necessidades e pretensões para o futuro.
Se você está cursando ou já terminou o ensino médio e só pretende cursar uma faculdade mais tarde, por exemplo, o jovem aprendiz pode ser a opção ideal.
Isso pois é mais fácil conseguir uma vaga pelo programa e os direitos ainda são os mesmo de um emprego formal. Para estudantes cursando o fundamental, essa com certeza é a melhor alternativa!
Começar por um emprego formal é um caminho mais complicado por conta da falta de qualificação e experiência, mas se você tem pelo menos o ensino médio completo essa também é uma boa opção. Buscar qualificação e se preparar o máximo possível para competir no mercado será determinante se essa for a sua escolha.
Já se você está cursando uma faculdade ou curso técnico, talvez o estágio seja a alternativa certa para você. Apesar dos poucos benefícios financeiros, fazer um estágio pode ser um divisor de águas para a sua carreira e te impulsionar rumo a profissão almejada.
Concluindo, para fazer a sua escolha, busque entender melhor as suas necessidades e objetivos e avalie bem os prós e contras de cada opção. No fim, escolha aquela que for mais vantajosa para a sua vida não só no momento, mas também no futuro!
Independentemente da sua escolha, ter um bom CV será essencial para conquistar uma vaga. O seu está preparado para o mercado? Assine o Trilhas do Sucesso e tenha dezenas de cursos para melhorar seu currículo e ter mais chances de começar no mercado de trabalho!