Pesquisa recente mostra que diferença salarial entre mulheres e homens caiu muito desde 1970.
A participação das mulheres entre os trabalhadores do país, mais que duplicou desde 1970. Os salários também reduziram bastante esse degrau. A diferença salarial, porém, não aparece da mesma forma nas profissões mais bem remuneradas.
A igualdade salarial entre gêneros também é difícil de ser vista com mais idade: no início da carreira, começam ganhando mais ou menos a mesma coisa. Mas entre aqueles com mais de 45 anos, a diferença chega quase aos 40%.
Em 1970, o percentual de mulheres trabalhando era de 20% de todas as pessoas trabalhando no Brasil. No ano de 2020, havia chegado aos 42% de mulheres e 58% de homens.
Já entre as profissões de maior remuneração, elas ainda recebem 33% menos: em 1970, a remuneração feminina nas cinco profissões mais bem pagas era 54% da média salarial masculina, e, em 2020, essa proporção estava em 67%.
De acordo com Rachter, o impedimento dos aumentos passa pela dificuldade maior das mulheres em se manter de maneira contínua no mercado de trabalho e conseguir promoções e evoluções na carreira.
É por isso que a diferença vai ficando maior conforme aumenta também o grau de qualificação, já que são carreiras em que há mais caminhos para progressão.
Na força de trabalho de baixa escolaridade e que é a maioria do mercado no Brasil, há pouca evolução de cargo e as pessoas chegam ao fim da carreira ganhando ainda valores baixos e muito próximos do começo.
Atualmente, de acordo com pesquisa, as mulheres que têm entre 20 e 29 anos ganham, em média, 11% menos que homens da mesma faixa etária, considerados apenas os profissionais com formação superior. Entre aqueles com mais de 45 anos, a remuneração feminina já fica 38% menor que a masculina.